quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Sankofa

Teus olhos que matutam as vidraças dos quadrados e ordeiros prédios,

Capturam na minha ânsia de grito, o barulho da maré anulado pelos headphones que tocam Belchior.

Enquanto pedalo na ciclovia em direção ao caminho errado.

Ignoro o arquear de suas sobrancelhas que proferem imageticamente uma avenida avocada Sankofa Pássaro proibido.

Uma consternação no peito, sacoleja as lembranças e frutos de tí...

Fico assim, poroso de subjetividades e Big Data, atravancado em meus streamings...

Em meio a anúncios, indicações endereçadas, para mim?

Desvelo em me lançar no dédalo e perder-me de tí e de mim.

10,01,2018.



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