segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Palestino e Inconsequente


Sim, foi numa moldura retangular com fluidos e conectores LCD, não em preto e branco como nos filmes clássicos que daria aos dois um tom mais charmoso, sombrio e misterioso talvez. 
Foi exatamente no colorido berrante em meio a anúncios fétidos de corpos dados ao descaso, dentro de um ciberespaço criado por programadores de computador e anunciantes que prometem coisas inimagináveis.
Um tanto quanto assustador é que: conspiração divina, demoníaca, agnóstica, não seria possível uni-los, de jeito algum, pois os mesmos não merecem, nem muito menos querem ajuda ou afago desses elementos, que segundo eles são apenas simbologias irreais.
Indefinidas diferenças físicas e psicológicas os separam por milhas de distância, mas ao mesmo tempo os conectam, não como o fazem todos os dias através de bytes e imagens destorcidas de programas de web comunicação. 
Um palestino que ameaçadoramente torna-se um álter ego de um afrodescendente (negão), misterioso, ousado, sagaz, lascivo, e contagiante-mente necromancista e genial.
O outro é: perturbado, assolado por memorias meramente recreativas de experiências que um dia foi seu passado transgressor e contagiante-mente irresponsável, mas de algum modo elogiado incessantemente por alguns.
Após inúmeras tentativas instigantes, carnais, e até gentis de se tocarem através dos fluidos e conectores de uma tela de plasma mórbida e fria e de impulsos energéticos chamados de conexão de internet eles sonham constantemente e se encontrarem para se duvidarem ou se afirmarem entre sí.

Por: Gui Oliveira

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